Extinção em Massa não é apenas um termo impressionante — é agora o cerne de um alerta feito por especialistas. O cientista e diretor do Centro de Saúde e Desempenho Humano da
University College London (UCL), Hugh Montgomery, destacou que a Terra pode estar se encaminhando para uma nova extinção em massa — e, dessa vez, a mais rápida da história. Este aviso
grave foi divulgado durante o Forecasting Healthy Futures Global Summit, realizado no Rio de Janeiro, e também está presente no relatório de 2024 da The Lancet sobre crise climática e
saúde.
O que é a extinção em massa prevista?
A extinção em massa referida por Montgomery é comparável à última grande catástrofe da vida na Terra: a do Período Permiano, cerca de 252 milhões de anos atrás, quando 90% das espécies sumiram. Segundo ele, a extinção esta em curso já está acelerando devido à ação humana — e pode superar todos os registros anteriores em termos de velocidade.
O papel do aquecimento global
A expressão extinção em massa volta a aparecer quando Montgomery destaca o ritmo projetado: se a temperatura global subir 3 °C acima dos níveis pré-industriais, as consequências serão catastróficas. A ocorrência de 1,5 °C de aumento já foi registrada em 2024 e estamos caminhando para 2,7 °C até 2100, segundo projeções. Cada menção reforça: sem medidas, a extinção em massa já estaria em andamento.
Por que será tão rápida?
A urgência da extinção em massa se dá pela velocidade dos processos de mudança — CO₂ e metano aumentam rapidamente, dessensibilizando sistemas complexos da Terra. O gelo do Ártico pode derreter em velocidades jamais vistas, o que alteraria correntes oceânicas, elevando o nível do mar por vários metros em apenas duas a três décadas. Cada referência no texto ao risco de extinção em massa reforça o quão urgente é atuar agora.
Consequências para a vida e a economia
A extinção em curso ameaça também a nossa espécie. O aumento acelerado de poluentes coloca em risco civilizações costeiras, abastecimento de água e saúde global. Além disso, a economia mundial pode perder até 38 trilhões de dólares por ano a partir de 2049, afetando mercados, produtividade e acesso aos recursos. O impacto financeiro torna real a ideia da extinção como um risco estratégico global.
Saúde humana e extinção em massa estão interligadas
Montgomery frisa que os impactos da extinção em massa já afetam a saúde das pessoas — ondas de calor mortais, doenças tropicais emergindo, insegurança alimentar —, e por isso só girar em torno de adaptação não é suficiente. “Não faz sentido focar apenas no alívio dos sintomas quando deveríamos estar buscando a cura.” A ênfase no conceito de extinção em massa serve para lembrar que a abordagem tem que ser radicalmente preventiva.
O que precisa ser feito para evitar a extinção em massa
- Redução drástica de emissões — corte no uso de combustíveis fósseis, expansão de energias renováveis e combate ao metano.
- Proteção dos ecossistemas — reflorestamento em larga escala, preservação de áreas sensíveis.
- Resiliência climática — adaptação responsável, planejamento urbano robusto, saúde pública preparada.
- Acordos internacionais e políticas ousadas — impulso político para ações como COP 30 no Brasil.
- Compromisso econômico global — investimentos imediatos para evitar os custos bilionários causados pela crise.
O Brasil e a COP 30 no combate à extinção em massa
O Brasil, como sede do Forecasting Summit e da COP 30 em novembro, tem papel estratégico na geração de medidas concretas para frear a extinção em massa. O país pode liderar políticas de redução, proteção florestal e cooperação global para evitar esse cenário.
Conclusão: com ação imediata, ainda há esperança
Para evitar a extinção em massa, precisamos:
- adotarmos mudanças já agora;
- incentivarmos lideranças políticas e econômicas;
- mobilizarmos a sociedade.
Somente assim poderemos transformar o alerta em esperança real.
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