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Golpe do Pix: como funciona o novo truque com apps de acesso remoto e como se proteger

A crescente digitalização dos serviços bancários no Brasil facilitou a vida dos consumidores, mas também abriu espaço para uma nova onda de fraudes. Um dos métodos mais perigosos e

sofisticados atualmente é o chamado golpe do Pix, que tem feito milhares de vítimas em todo o país. Diferente de táticas mais antigas, esse golpe envolve engenharia social, pressão

psicológica e o uso de aplicativos de acesso remoto que colocam os criminosos dentro do seu celular.

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Entenda como o golpe do Pix é aplicado

Tudo começa com uma ligação. Do outro lado da linha, um suposto atendente bancário informa que sua conta pode estar comprometida e que medidas urgentes precisam ser tomadas. Ele solicita que você instale um aplicativo como Teamviewer ou Anydesk, que dá acesso remoto ao seu smartphone. Esse é o ponto crítico do golpe do Pix: é a partir desse momento que o golpista assume o controle do dispositivo.

Com o acesso total ao celular, o criminoso passa a realizar transferências via Pix, solicitações de empréstimos, altera senhas e até desativa mecanismos de segurança como a autenticação biométrica. O golpe do Pix se consuma quando a conta bancária da vítima é esvaziada em questão de minutos.

Por que o golpe do Pix tem feito tantas vítimas?

A principal razão é o uso de aplicativos legítimos, que não levantam suspeitas nos antivírus e estão disponíveis nas lojas oficiais do Google e da Apple. Além disso, os golpistas estão cada vez mais preparados para enganar, com scripts de atendimento profissional, uso de dados pessoais reais (obtidos via vazamentos) e chamadas com números clonados (spoofing), que simulam ser do banco.

A Kaspersky, empresa especializada em cibersegurança, identificou um salto nas instalações desses apps entre seus clientes. Em apenas cinco meses, os casos saltaram de menos de 10 para mais de 1.000 por mês. O golpe do Pix se aproveita justamente da confiança e da falta de conhecimento digital de muitas pessoas.

O que dizem os bancos e especialistas

De acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), nenhum banco entra em contato com o cliente solicitando a instalação de aplicativos no celular. Esse é um dos principais sinais de alerta. Ainda segundo a entidade, ao desconfiar de qualquer tentativa de golpe do Pix, o ideal é desligar a chamada imediatamente e entrar em contato com o banco pelos canais oficiais.

Fabio Assolini, diretor da Kaspersky para Américas, explica que a pressão psicológica é parte da estratégia. “Eles dizem que sua conta foi hackeada, mencionam dados reais, e tudo isso induz a vítima a colaborar”, afirma. Essa colaboração involuntária é essencial para que o golpe do Pix funcione.

Como identificar o golpe do Pix

Aqui estão os principais sinais de alerta:

  • Ligações de supostos atendentes pedindo para instalar apps de controle remoto
  • Solicitações para informar códigos de acesso gerados pelos apps
  • Pressão para realizar autenticação biométrica durante a ligação
  • Ligações que fingem ser do seu banco ou gerente

Caso você identifique algum desses sinais, desconfie imediatamente. O golpe do Pix pode ser evitado se a vítima não colaborar.

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Medidas preventivas contra o golpe do Pix

  1. Jamais instale apps sob orientação telefônica: qualquer solicitação para instalar Teamviewer, Anydesk ou similares deve ser ignorada.
  2. Nunca forneça códigos de acesso: esses dados são a chave para que o criminoso controle seu aparelho.
  3. Use autenticação forte: biometria, senhas fortes e autenticação em dois fatores ajudam.
  4. Atualize seu celular: mantenha o sistema operacional e apps bancários sempre atualizados.
  5. Desconfie de urgências: criação de pânico e pressão são táticas comuns no golpe do Pix.

O que fazer se cair no golpe do Pix

Caso você tenha caído nesse golpe, aja rapidamente:

  • Desinstale o app de acesso remoto imediatamente
  • Altere todas as senhas de serviços bancários
  • Entre em contato com o banco e conteste as transações
  • Registre um boletim de ocorrência
  • Documente tudo: prints, gravações, cópias das conversas

Documentar o golpe do Pix aumenta as chances de estorno das quantias perdidas. Alguns bancos estão criando barreiras automáticas para impedir o funcionamento de seus apps caso identifiquem a presença de apps de controle remoto.

O golpe do Pix está mudando

O que antes era realizado com malware e vírus, agora acontece com a cooperação da própria vítima. Isso mostra como os criminosos estão migrando das técnicas tradicionais para abordagens que envolvem manipulação psicológica e acesso remoto. O golpe do Pix também está se espalhando para outros países, o que indica seu potencial de crescimento global.

Como se blindar de vez contra o golpe do Pix

A prevenção é a melhor arma. Veja algumas ações adicionais:

  • Use apps de segurança que alertam sobre comportamento suspeito
  • Nunca preencha formulários que chegam por SMS, e-mail ou redes sociais
  • Tenha o contato oficial do seu banco salvo para emergências
  • Evite usar redes Wi-Fi públicas para operações bancárias
  • Converse com parentes e amigos sobre o golpe do Pix para ampliar a consciência coletiva

Reflexão final: segurança digital é responsabilidade de todos

O golpe do Pix não é apenas uma questão de tecnologia, mas de comportamento. Quanto mais educadas digitalmente forem as pessoas, menos eficazes serão as táticas dos criminosos. Fique atento, informe-se e compartilhe essas informações. Sua atitude pode salvar outras pessoas de prejuízos irreparáveis.

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1 comentário em “Golpe do Pix: como funciona o novo truque com apps de acesso remoto e como se proteger”

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